Dominique Strauss-Kahn foi absolvido da acusação de proxenetismo agravado no chamado "caso Carlton". Se tivesse sido considerado culpado, o antigo diretor do FMI poderia ter de cumprir uma pena de dez anos de cadeia e a uma multa de 1,5 milhões de euros.
Aquele que já foi visto como possível candidato à presidência francesa estava acusado de ser o principal promotor e beneficiário de festas com prostitutas em Lille (onde foi julgado), em Paris e em Washington.
"Não lhe pode ser atribuído o papel de instigador", disse o juiz Bernard Lemaire, na leitura do veredicto de um caso batizado com o nome do hotel de Lille onde decorreriam algumas destas festas, que levaram ao banco dos réus ainda outros 13 acusados.
Durante o julgamento, o que a acusação descreveu como “orgias com prostitutas” a defesa de Strauss-Kahn sempre disse serem apenas “noitadas libertinas”, alegando que o antigo diretor do FMI não sabia que as mulheres que nelas participavam fosse pagas.
O tribunal acabou por considerar que a condenação não era sustentável por falta de provas, em linha com a recomendação já feita pelo procurador público, pelo mesmo motivo.
Durante as alegações finais, o procurador Frederic Fevre sublinhou que o instrumento de trabalho do tribunal é o "código penal e não o código moral".
Todos os outros implicados, incluindo os empresários Fabrice Paszkowski e David Roquet, antigos dirigentes do Carlton de Lille, acabaram absolvidos.
A excepção é René Kojfer, amigo de infância de DSK, e antigo relações públicas do Carlton, peça-chave do processo, condenado pelos juízes a um ano de prisão, com pena suspensa.
Contradições da testemunha acabaram por fazer cair o processo que terminou com um acordo financeiro com Diallo . Terminadas ficaram também as aspirações políticas de Strauss-Kahn, favorito às eleições presidenciais de 2012 em França, pelo partido socialista.