Depois de uma semana de protestos iniciados por movimentos estudantis, a pedir mais democracia, a polícia de Honk Kong perdeu a paciência, este sábado, e lançou gás lacrimogénio e gás pimenta contra milhares de manifestantes que paralisaram, este sábado, o centro do território autónomo chinês. Foram detidas 78 pessoas, 63 homens e 15 mulheres, entre os quais alguns líderes estudantis.
Os protestantes exigem a Pequim eleições locais «completamente livres», refere o «El País», que acrescenta que os agentes policiais estavam em clara inferioridade numérica em comparação com o número de manifestantes.
Mas chegaram mesmo a utilizar gás lacrimogénio, nomeadamente à saída da estação de metro mais próxima da sede do Governo. É muito raro que as autoridades de segurança chinesas recorram a esta «arma». Isso acabou por gerar ainda mais avanços dos manifestantes que, indignados, carregaram contra o cordão formados pelos agentes.
A polícia emitiu um comunicado a advertir para que as opiniões dos manifestantes sejam expressa «de forma calma» e que deixem «de carregar de imediato contra o cordão policial». E avisou que os protestos deveriam seguir de forma «ordeira e pacífica», porque, caso contrário, «a polícia empregará um maior nível de força para reestabelecer a ordem e salvaguardar a segurança pública».
Pequim comprometeu-se a permitir eleições para chefe de governo a partir de 2017, mas está a impor uma série de condições: na prática, quer garantir que qualquer candidato terá de contar com a sua autorização prévia, entre outras imposições, que justificam a luta dos manifestantes.